Sou sua mulher, não sua mãe

17 de maio de 2010







Sou sua mulher, não sua mãe
Quando o cuidado com o parceiro extrapola os limites aceitáveis

   
No início do namoro a estudante de enfermagem Ine Furtado, 19 anos, curtia paparicar o namorado. Mas, de repente, se viu resolvendo diversas tarefas para ele. A situação piorou quando ela passou a cuidar também da higiene pessoal do rapaz, como lembrá-lo de cortar as unhas, limpar os ouvidos e até escovar os dentes.

“Eu acabava fazendo tudo, pois sentia medo de decepcioná-lo. Achava que, se fizesse as mesmas coisas que a mãe dele fazia, não o perderia nunca. Com o passar do tempo fui me sentindo cada vez mais mãe e menos namorada”, lembra.

A administradora de empresas Simone Fernandes Miletic, 33 anos, casada há sete, conta uma história parecida. “Meu marido é 15 anos mais velho do que eu e mesmo assim sou um pouco mãe dele. Ele nunca acha as coisas que procura, e lá vou tentar ajudá-lo. Encontro na primeira porta do armário que abro”, conta.


Segundo a psicoterapeuta Sâmara Jorge, as histórias de Ine e Simone se repetem em diversos relacionamentos porque fomos condicionados a agir dessa forma. “Apesar de todas as conquistas femininas, vivemos numa sociedade de modelo patriarcal na qual as mulheres ainda tentam corresponder às expectativas masculinas”, diz.

Para a psicoterapeuta, não há nada de errado em querer cuidar do outro, pelo contrário, a troca de gentilezas entre os pares é muito saudável. “O problema existe quando apenas a mulher faz isso”, explica Sâmara.

“Quando uma mulher diz que o seu companheiro a ‘ajuda’ já há uma distorção nisso. Ele não tem apenas que ajudar, mas sim participar. Ajudar significa que a responsabilidade não é dele, quer dizer que ele está fazendo um favor.”

Ine percebeu que havia algo errado com namoro quando eles foram morar juntos. “A situação ficou pior quando nossa filha nasceu. Eu estudava, tinha um bebê e ainda precisava cuidar de um marmanjo como se fosse outra criança”, conta ela.

O marido, por sua vez, alegava cansaço. “Ficava no computador enquanto eu fazia tudo sozinha. Não aguentei”. A relação terminou.

Construindo um relacionamento melhor:

- Acordos e distribuições de tarefas entre o casal costumam ajudar a compreender que ambos têm responsabilidades na relação;
- Pessoas executam as tarefas de formas diferentes. Valorize e não cobre que tudo saia do seu jeito;
- Seja sincera e faça um autoavaliação: será que você não está sendo muito maternal mesmo sem ser solicitada?
- Proatividade, uma característica muito comum da mulher, pode jogar contra. Antes de fazer tudo sozinha “rapidinho” dê ao outro a chance de participar;
- Avalie a possibilidade de contratar uma pessoa para ajudá-los com as tarefas da casa.

Fonte: http://delas.ig.com.br/amoresexo/sou-sua-mulher-nao-sua mae/n1237601193705.html




Um comentário :

  1. Olá Vim conhecer seu cantinho, e adorei porque nos tempos que vivemos quem sabe podem ajudar muitos casais a perceber onde podem mudar, e voltar a serem felizes.Eu já sou viúva, estou fora, mas penso e vou recomendar a muita gente. bj e muito amor e luz em vosss vidas

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Obrigada pelo Comentário. Responderei assim que possível.
Andressa Bragança